No
dia 3 de dezembro de 2015, dia internacional das pessoas com deficiência, no
Agrupamento de Escolas de Maximinos (AE Maximinos), concelho de Braga, foi
inaugurado o Centro de Aprendizagem e Socialização para Autonomia – CASA, pelo
Senhor Presidente da Câmara Municipal de Braga, projeto alcançado através do Orçamento Participativo do Município de Braga de 2015 (notícia no Porto Canal: http://portocanal.sapo.pt/noticia/76446)
O Centro de
Aprendizagem e Socialização para Autonomia dá resposta aos alunos cegos e/ou com dificuldades intelectuais e desenvolvimentais, cujos
programas educativos individuais promovem atividades funcionais ao nível da sua
independência e autonomia.
Os programas, delineados pelo professor e com a
colaboração dos pais e do próprio aluno, são dinamizados pelo docente, mas prioritariamente executados em casa com a
supervisão dos pais e familiares. Contudo, uma vez que em muitos casos surgem constrangimentos
no acompanhamento da realização dos programas em casa, quer por parte dos
professores quer por parte de alguns familiares, e uma vez que uma mesma
competência deve ser demonstrada no maior número de ambientes prováveis, é
aconselhável a realização das atividades propostas não só em casa do aluno como
em casa de familiares, de amigos e na escola, criando-se para tal situações de
necessidade de realização de atividades neste domínio. Trabalhar esta área
reveste-se de primordial importância uma vez que a autonomia no meio doméstico
é essencial na vida futura do aluno: é fundamental saber cuidar de si, da sua
higiene e alimentação e ajudar a família em todas as tarefas relacionadas com a
manutenção da casa de modo eficaz e seguro.
Aos 18 anos de idade, fim da
escolaridade obrigatória, estes jovens precisam de estar munidos de habilidades
capazes de estabelecer independência e autonomia no que diz respeito às
decisões sobre o estilo de vida: a participação na vida da comunidade requer que os adultos sejam
capazes de fazer escolhas acerca das pessoas com quem querem estar, do
sítio onde vivem, onde trabalham e que atividades de lazer querem fazer.
Em termos educativos, pretende-se que os alunos sejam dotados da
capacidade de tomar decisões e recorrer aos serviços da comunidade
necessários para atingir os seus objetivos e que mantenham esta
capacidade na vida adulta. Uma capacidade reconhecida como fundamental para
atingir estes objetivos de autonomia e independência é a autodeterminação
– uma combinação de habilidades, conhecimentos e crenças que permitem a uma pessoa
desenvolver e apresentar um comportamento autodirigido, autorregulado e autónomo.
As
habilidades capazes de estabelecer independência e autonomia, de que o jovem
necessita ao terminar a sua formação escolar, são desenvolvidas de forma mais
intensiva, através de um Plano Individual de Transição nos últimos três anos de
frequência escolar, pelo qual o jovem experiencia situações reais de emprego. É
neste período que o jovem, pais e entidades empregadoras, tomam conhecimento de
medidas adotadas pelo estado relativas ao acesso ao emprego das pessoas com dificuldades,
adotando medidas de adaptação das condições de trabalho, encorajando os
empregadores para a contratação e manutenção de contratos de trabalho em meio
laboral ou, se necessário, adaptação ou criação de empregos protegidos. Ao apoiar os
indivíduos com necessidades especiais a encontrarem emprego não só dão à
pessoa a oportunidade de viver uma vida mais preenchida e rica, como também alteram a forma como os
outros a percecionam e o que esperam dela.
Dadas as
devidas instruções e um apoio personalizado de longo-termo, os indivíduos com
necessidades especiais conseguem envolver-se, com sucesso e de forma segura, em
enquadramentos vocacionais integrados. Os ambientes de trabalho inclusivos, permitem
um aumento do número de envolvimentos a que estes indivíduos têm acesso,
melhoram a quantidade e qualidade das competências que estes aprendem e
desempenham e potenciam as escolhas pessoais que lhes são permitidas fazer.
Os alunos
com limitações significativas ao nível da atividade e participação do AE
Maximinos usufruem agora de recursos facilitadores da conquista do espaço de
independência e autonomia que lhes é de direito como cidadãos e que dignificam
a ESCOLA INCLUSIVA.
Ver notícia sobre o seu funcionamento: aqui
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